Se eu fosse o David Tennant ao ver essa coisa linda, estaria chorando e refletindo sobre a vida em um cantinho qualquer.
Euquero!
♥ Já está seguindo a magia do Guilt no Twitter? Ainda não? @themodernguilt
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Que dia lindo para se comemorar, não? Primeiro de tudo, temos que começar reconhecendo a sua marca: qual outra série que você conhece que chegou aos 50 anos de idade? Então, só por esse motivo, o especial de 50 anos de Doctor Who por si só já merecia todo e qualquer respeito. Segundo que pessoalmente, eu AMO novas experiências e acompanhar uma especial como esse, nessas proporções e no cinema, com exibição simultânea em diversos países no mundo, certamente foi mais uma delas. Uma experiência para se lembrar com carinho, porque ela foi realmente muito, mas muito especial. Agora entendo (entendo, só não sei se respeito, rs #PROVOCANDO) todo e qualquer fandom apaixonado que dorme na fila para assistir a estreia de uma franquia hype qualquer.
Fiquei realmente emocionado quando cheguei na sessão de cinema, super em cima da hora como sempre e me deparei com um sala completamente cheia, abarrotada de verdade. Me arrependi amargamente de não ter comprado minha sonic screwdriver quando tive a chance, porque no escuro da sala do cinema, seria o momento perfeito para eu sacá-la do bolso e fazer um performance convencendo a todos que eu também sou um Doutor (uma praga para quem ousar em pensar que eu seria o 24th). Mas tudo bem, naquele momento entendi e aceitei que o meu papel era o de uma companion (rs) e não o principal. E essa emoção já havia começado dias antes, quando apenas algumas míseras salas de cinema no Brasil haviam incluído a exibição do especial da série inglesa e isso em pouquíssimas cidades. Mas não demorou muito para todos se mobilizarem (isso sem contar a procura, que deve ter sido bem grande) e em pouco tempo, diversas outras salas foram abertas para o especial, em muitas outras cidades, inclusive em horários diferentes, esses já fora da experiência live, mas ainda assim, uma chance para encontrar com o nosso Doutor no cinema, gigantesco e em 12D. (quer dizer, 3D, porque segundo o próprio, em 12D só no especial de 100 anos da série)
Mas essa experiência também trazia um problema: dividir o tempo e espaço com outras pessoas, tanto ou mais animadas do que você em relação a qualquer coisa em comum. Geralmente, pessoas barulhentas e ou muito participativas no cinema sempre me incomodam. E não demorou muito para que o volume daquela sala começasse a subir, quando ganhamos uma participação mais do que especial do Strax fazendo suas recomendações em relação ao comportamento em uma sala de cinema. Divertidíssimo por sinal. Mas isso não foi nada comparado ao que aconteceu quando a tela finalmente ficou completamente branca e o meu Doutor (sorry, continuo possessivo) surgiu em close, para dar suas recomendações em relação a experiência em 3D do especial. Sério, nesse momento, um gritinho fino de menina (e por menina, eu quero dizer também os meninos presentes na sala, apontando dedos para mim mesmo inclusive) tomou conta do local, que foi quando eu finalmente consegui entender que naquele momento, o meu Doutor havia se tornado o Doutor de todos eles também.
Matt Smith e seu carisma inegável, um Doutor infantil (como bem ressaltou John Hurt em uma de suas lines), cool, que sabe carregar muito bem a ironia e o humor de um personagem tão especial. Mas se eu achava que seria difícil compartilhar o meu Doutor com o resto das pessoas naquela sala, tudo ficou ainda pior e muito mais barulhento quando de repente, o 11th Doutor se transformou no 10th, David Tennant, também ainda no fundo branco, e com os gritos ensurdecedores (mais altos do que o primeiro, mesmo porque, a nossa saudade e ansiedade por esse momento era muito maior) de uma sala visivelmente comovida (olhava para trás toda hora só para dar uma conferida nas reações e a essa altura, já queria ser amigo de todo mundo) e uma dobradinha cômica excelente com o atual responsável pelo personagem a quem ele também já deu vida (as piadas sobre o queixo do Matt ou o efeito do tempo nas rugas do Tennant foram divertidíssimas), foi quase que instantânea a percepção de que não só eu, mas todas as pessoas naquela sala estavam realmente diante de algo muito, mas muito especial. Nesse momento, finalmente consegui deixar toda a minha possessividade de lado e aceitei dividir algo tão especial com os demais presentes, barulhentos ou não.
A partir disso, ganhamos um especial que realmente não poderia ter ganhado uma outra nomenclatura, a não ser “especialíssimo”. Com uma história que permeava a queda de Gallifrey, com a aparição da UNIT entre diversas referências à série e personagens antigos, ganhamos um episódio realmente especial do começo ao fim, mesmo sem saber muito bem o quanto isso ainda poderia ser superado durante a sua duração. Ainda falando da audiência com quem dividi a experiência, cada referência, cada piada, cada aparição era motivo de algum tipo de comoção e detalhe: todas eram absolutamente pertinentes e compreensíveis. Todos pareciam estar realmente conectados com aquele mitologia e ao mesmo tempo que me senti assustado ao encontrar fisicamente pela primeira vez pessoas que dividiam o mesmo tipo de gosto em comum nesse caso, me senti completamente orgulhoso de dividir o meu tempo e espaço naquele momento tão especial com cada um deles (eu sei que parece meio cafona dizer isso, mas é verdade e levem em consideração a emoção enquanto escrevia esse post, apesar dele ter demorado quase que um m~es para sair. E me perdoem, claro, rs), tanto que desse momento em diante, nenhum barulho excessivo ou qualquer tipo de manifestação chegou a me incomodar mais. De verdade.
Obviamente que todos estavam esperando as prometidas e divulgadas participações. Rose Tyler voltou, mas em The Day Of The Doctor, ela representava o “Momento”, que apenas havia tomado a forma de alguém que é de conhecimento de todos que foi verdadeiramente especial para o nosso Doutor. Clara também estava ali, essa sim representando o papel de companion da vez, a garota impossível que conheceu todos os Doutores (segure essa inveja meu caro leitor, porque ela teve sim essa sorte) e esteve com todos eles. Todos exceto um deles, aquele que nos foi introduzido em um nível alto de suspense durante o encerramento da dolorosa Season 7 (dolorosa por motivo de “despedida dos Ponds” em sua primeira metade, glupt!), interpretado pelo excelente ator John Hurt.
Quando introduzido pela primeira vez, não tivemos exatamente muita chance de perceber a que veio, tão pouco como iria se comportar diante da difícil tarefa de encarar uma encarnação desconhecida de um personagem tão querido e que logo de cara, havia sido descrito como a mais sombria delas e isso justamente no dia em que o Doutor encontrou o seu túmulo, ou seja, mais dramático que isso seria bem difícil. Mas com pouco tempo em tela, ainda misteriosamente e dividindo o espaço com aquela que também atende por “Bad Wolf” (sim, a Rose) em sua “nova versão”, foi possível perceber que aquela não era uma encarnação do mal do personagem e tratava-se apenas do homem que teve que encarar o maior dos desafios de sua vida, aquele que foi responsável pela extinção de Gallifrey, seu planeta de origem. A essa altura, todos nós já sabemos que na mitologia de Doctor Who, o maior arrependimento ou culpa do personagem foi ter que extinguir sua própria espécie em nome de um bem maior e para o especial de 50 anos da série, encontramos o mesmo enfrentando exatamente o dilema desse dia que até o mais esquecido de todos os doutores (que é o 11th, como eles bem lembraram), gostaria de conseguir esquecer.
Uma história corajosa e muito bem resolvida, apesar das linhas temporais diversas (mas nada do tipo super complicado, sabe), que soube brincar com a maior mitologia da série de uma forma bem bacana, apesar de ter de certa forma “reescrito” a sua história. Mas sendo bem sincero, essa não é a primeira vez que Doctor Who resolve mexer no intocável portanto, não podemos nem dizer que ficamos tão surpresos assim. Em um outro momento da série, na despedida do Tennant, eles bem tentaram trazer Gallifrey de volta, de outra forma, mas tentaram. Na época, cheguei inclusive a torcer o nariz para a ideia (digo, na época da minha own maratona da série), principalmente para a justificativa (e entendam que a minha reclamação em relação ao episódio de despedida do 10th Doutor foi apenas essa, porque todo o resto e principalmente aquela sequência final, foi absolutamente perfeito). Mas dessa vez, a justificativa para mexer com algo tão importante foi muito bem executada, amparada na tentativa de tirar o maior peso das costas do próprio Doutor e vendo um personagem tão adorável ganhando a chance de ter a sua redenção dessa forma, além de aceitável, foi muito bem vindo.
Mas muito além de uma boa história, todo mundo estava querendo mesmo era ver o encontro dessas duas gerações mais recentes de doutores, lamentando é claro a ausência do Eccleston, o 9th Doctor, que não aceitou participar do especial. E a sincronia (em todos os sentidos) dos dois atores em cenas quando juntos foi absurda, uma química inegável. Piadinhas irresistíveis em relação as características físicas de cada um deles, incluindo comparações além do próprio físico, como quando ambos enfrentaram as diferenças de tamanho de suas “screwdrivers”, além do reconhecimento de suas semelhanças, que foi de uma doçura sem tamanho. Com os dois em cena, foi uma delícia poder perceber as sutilezas, os trejeitos e as características mais marcantes de cada um, evidenciando o quanto a identidade do Doutor depende e muito de quem o interpreta e apesar dessas características próprias de cada um dos atores, foi possível observar também o quanto o personagem é muito maior do que tudo isso, mesmo porque se não fosse assim, ele não teria se transformado em um cinquentão de sucesso. (mundialmente falando, essa talvez seja a melhor fase da série inglesa).
E como se não bastassem dois doutores reunidos, ganhamos um terceiro, com o John Hurt nos convencendo facilmente que ele também fazia parte desse grupo de figuras adoradas por todos, mesmo ainda sendo um doutor desconhecido. Tudo bem que a introdução da sua história nos ajudou e muito a mudar a impressão que ganhamos com o misterioso final da última temporada da série, mas ainda assim, um personagem com esse peso, precisava realmente de um ator a sua altura. Com os três em cena, o especial conseguiu ficar ainda melhor, principalmente em termos de alívio cômico, trazendo o humor senior para o personagem.
Como ponto negativo, preciso dizer que mesmo reconhecendo que esse não era o momento delas, Clara e Rose ficaram em segundo plano demais, a ponto de quase sumirem. E digo isso principalmente em relação a Clara, que não teve a sua presença no especial tão justificada assim (digo algo além do fato dela ser a companion da vez), mas entendemos que esse era o momento de evidenciar o Doutor e não suas companions, por isso perdoamos. O mesmo vale para os personagens secundários do episódio, como a filha do Brigadeiro Lethbridge-Stewart, ou a garota nerd do cachecol do 4th Doctor, uma lembrança que a gente não fazia a menor ideia que poderia ir além do icônico acessório.
Muito além da própria excelente história do especial, do encontro de doutores ou de qualquer outra característica desse marco da série, tudo ficou ainda mais especial quando após a resolução do plot central do episódio, ganhamos uma série de momentos absolutamente especiais para o encerramento dessa data comemorativa, começando pelo momento em que o 10th Doctor acabou repetindo a sua inesquecível line pré regeneração, “i don’t wanna go”, que para sempre nos levará para uma triste e adorável memória da mitologia da série. Isso até chegarmos ao momento em que o nosso adorável 11th Doctor acabou nos revelando o seu sonho de talvez se aposentar um dia e viver como um curador, que foi quando eles nos reservaram uma das grandes surpresas desse especial (essa e o momento com a participação apenas dos olhos do 12th e novo Doctor foram os momentos mais barulhentos do especial, sem dúvida e os mais surpreendentes também), com o Tom Baker (o 4th Doctor, um dos mais queridos de todos os tempos e dono do icônico cachecol que já havia aparecido no próprio especial) fazendo uma pequena e adoravelmente adorável participação, dividindo momentos de uma doçura sem tamanho com o nosso atual doutor, além de tê-lo deixado com alguma esperança de talvez poder viver um dia como um homem comum.
E se a gente achava que já havia encontrando momentos especiais e ou emoções o suficiente para essa história comemoração dos 50 anos da série, ainda fomos surpreendidos com uma imagem final para ficar guardada nos dois corações de qualquer whovian, com todos os doutores enfileirados e olhando de longe para Gallifrey, algo que todos os fãs da série não vão conseguir esquecer jamais e que foi o suficiente para levar a plateia da minha sessão a loucura, em um volume do tipo copa do mundo. Sério
Dessa forma e vivendo uma experiência que poderia se tornar um hábito para momentos televisivos tão especiais como esse, nos despedimos desse encontro no cinema com o Doutor completamente satisfeitos e com aquela lágrima de carinho ainda escorrendo no cantinho do olho, mesmo com muito homem barbado tentando esconder a emoção no banheiro do cinema logo na sequência. Agora falando bem sério, quero o contato de todas aquelas pessoas que estavam na sala de cinema comigo. Seria possível? (rs, mas sério, vamos assistir todos os episódios juntos a partir de agora? #CRAZYEYES)
O difícil agora mesmo é só aceitar que para o próximo episódio, teremos que encarar uma triste despedida, para a qual eu já confessei inúmeras vezes ainda não estar preparado… Alôr, é da Kleenex? Se eu comprar um caminhão de caixas de lenços, tem desconto?
ps: bem que eles poderiam fazer o mesmo com o episódio de natal, que será a despedida do Matt Smith como o 11th Doutor e que pelo menos teremos sua exibição simultânea com a terra da rainha pelo BBC HD daqui. Alguém segura a minha mão quando essa hora chegar? Porque não vai ser fácil… mas não vai mesmo…
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E depois de uma longa espera desde o especial de Natal de 2012 (esperar pelo que a gente realmente gosta, sempre deixa a sensação de que a espera foi muito maior, não?), finalmente continuamos a acompanhar Season 7 de Doctor Who, mas a sensação era a de que estávamos acompanhando uma nova temporada. Nova companion, nova TARDIS (pelo menos o seu interior), novo figurino (preferia o antigo…) e até uma nova abertura nós ganhamos para essa nova fase da temporada e com todas essas mudanças, não dava mesmo para sentir como se fosse a mesma coisa. Pelo menos não exatamente.
Talvez pelo sentimento de luto que ainda estava no ar pela despedida dos Ponds (glupt!), que marcou a primeira parte dessa Season 7 ou até mesmo pelo grande volume de novidades que acabamos encontrando nessa nova fase da série, essa sensação de estar acompanhando algo novo tenha sido intensificada, mas de qualquer forma, comparando suas duas metades, preciso admitir que eu ainda prefiro a primeira e não só pelo fator óbvio dela conter os últimos momentos da minha companion preferida de todos os tempos (na verdade, eu faria um time ruivo de companions, com Amy + Donna, que nós sabemos que seria uma afronta para o Doutor, que sempre sonhou ser ruivo, rs), mas também porque ela me pareceu melhor em todos os sentidos. Um pouco mais grandiosa (pensando em sua produção mesmo), com histórias mais interessantes e até mesmo divertidas, mesmo seguindo essa nova linha de Doctor Who com histórias mais “independentes”, muito mais bem cuidada também (alguns efeitos dos primeiros episódios dessa volta foram vergonhosos), isso sem contar o carisma dos personagens que a gente já conhecia de outras duas temporadas anteriores e que é sempre custoso de se desapegar.
Mas confesso que com a nova companion, Clara (Jenna-Louise Coleman), sendo um mistério desde a sua primeira aparição, ainda como a “souffle girl”, que foi como a conhecemos no excelente episódio que abriu a sétima temporada (7×01 Asylum Of The Daleks), realmente foi um recurso inteligente para fazer com que a gente se interessasse pela nova personagem logo de cara, ainda mais a encontrando pela primeira vez habitando um corpo odioso de um Dalek, que nos fez inclusive imaginar algumas teorias a seu respeito. Depois disso passamos um tempo sem vê-la, até que a reencontramos na Londres vitoriana no último Especial de Natal da série (7×06 The Snowmen, que contou como o sexto episódio da temporada), em um outro tempo, com outra função, algo que não só havia deixado todos nós bastante curiosos a seu respeito, assim como o Doutor, que mesmo sendo uma das mentes mais brilhantes do universo, não conseguia desvendar o segredo de Clara, para seu total desespero. Um recurso que parece ser uma das tendências do momento, a revelação de um grande mistério, onde várias séries da temporada tem apostado bastante nesse recurso até antigo da TV e do cinema e em alguns casos, bem preguiçosamente diga-se de passagem (porque algumas séries dependem apenas disso e é óbvio que a nossa curiosidade acaba nos prendendo a elas apenas por esse motivo também), mas não é o que encontramos no cenário de uma série como Doctor Who, que tem uma mitologia muito maior do que qualquer segredo misteriosamente misterioso do momento.
No início dessa segunda metade da Season 7 da série inglesa prestes a se tornar uma cinquentona, depois de já termos nos despedido covardemente e aos prantos do Ponds (sim, eu sou passional mesmo) e já termos também esbarrado por pelo menos duas vezes com a Clara dentro do universo da série, voltamos a Londres dos dias atuais, onde o Doutor ainda precisava encontrar Clara e tentar descobrir o seu segredo. Doutor que para a nossa surpresa a princípio apareceu como um monge, com aquele senso de humor delicioso de sempre, mas que logo bateu a porta da Clara tentando descobrir mais sobre a garota impossível, em um novo primeiro encontro bem foufo. (apesar de que, vai ficar difícil para qualquer companion superar o primeiro encontro da Amy Pond com o Doutor. É, vai…)
Confesso que esse primeiro episódio não é dos meus preferidos (7×07 The Bells of St. John, não sei porque até agora a maioria dos sites numerou os episódios errados…), mesmo porque, um plot muito semelhante ao das pessoas sendo sugadas via Wi-Fi nós já vimos acontecer de forma parecida anteriormente na série, mas perdoamos, porque além desse ser o o nosso reencontro com o Doutor depois de uma longa espera, principalmente agora que a BBC resolveu manter uma agenda mais “americanizada” e não mais tão rigorosamente pontual como a inglesa (para nosso desespero), ainda contávamos com toda a curiosidade de finalmente descobrir quem seria a Clara. E esse acabou sendo o plot central de toda essa nova fase da temporada, com o segredo sobre a garota impossível sendo mantido até o final, algo que mesmo prometendo uma sequência de episódios mais soltos e com pouca ou nenhuma ligação entre si (os tais episódios mais independentes), mais ou menos como acontecia no começo da nova série (na Season 1 de 2005 por exemplo), acabou se tornando o nosso ponto em comum ao longo da temporada e me agrada muito perceber que apesar dessa vontade de tentar “algo novo” (de novo) na série, eles tenham mantido esse detalhe da continuidade, como se a gente tivesse pelo menos a sensação de saber para qual direção a temporada estava nos apontando naquele momento.
Um recurso que apesar de ter funcionado bem, mantendo pelo menos essa constante dentro da nova proposta da série, também poderia ter sido melhor aproveitado, uma vez que até a resolução final, poucas pistas nós recebemos em relação a identidade da Clara e isso eles poderiam ter resolvido de um outro jeito. Mas de qualquer forma é preciso reconhecer que a atriz Jenna-Louise Coleman se saiu muito bem na tarefa de substituir uma das companions mais queridas pelos fás da série (da qual a gente gostava até do seu companion na vida, Rory), enfrentando uma tarefa que não seria nada fácil, mas que com o seu carisma e perfil do personagem (que tem aquele lado mais “petulante” e “insolente” que a própria Amy tinha, não vamos negar), ela conseguiu até que se sair muito bem. Gosto também de sentir que eles não optaram por fazer o Doutor rejeitá-la, como vimos acontecer tão injustamente com a Freema Agyeman no passado – que se encontrou em The Carrie Diaries. You go girl! -, quando sua personagem veio a substituir a Rose, a primeira companion da série de 2005. Tudo bem que nesse caso temos uma série de outros fatores a se levar em consideração, como os sentimentos do Doutor em relação a Rose, mas essa abordagem nunca me pareceu justa com a personagem de Agyeman, que nesse quesito acabou sim sendo bem prejudicada. (mas acho a sua resolução enquanto companion e mulher simplesmente excelente!)
Nessa segunda metade da temporada, já vimos que o Doutor ficou bastante recluso depois das despedida dos Ponds, que foi o que acompanhamos durante o especial de Natal da série, com o personagem se isolando entre as nuvens e de vez em quando até o pegamos usando os óculos de leitura que a própria Amy sempre usava, como um sinal claro da saudade que ele deve certamente sentir falta da personagem, mas ainda assim, ele recebeu a Clara muito bem em sua TARDIS (sem ficar mencionando o passado com o 10th fazia constantemente, tisc tisc…), com o convite irrecusável de sempre de viajar entre o tempo e espaço, que obviamente ninguém recusaria. (eu espero até hoje uma caixa azul surgir no meu jardim. Se eu tivesse um jardim, é claro, rs. Tenho vasos com plantas, serve? Sinta-se livre para destruí-los quando quiser, Doutor. Tudo em nome de um convite, claro)
Seguimos a temporada explorando o universo, chegando a um lugar onde se acreditava que ele tivesse sido criado, em mais um daqueles episódios da série onde nos deparamos com diversas criaturas bisonhas que nós amamos. Esse que também não foi dos meus episódios preferidos da temporada (7×08 The Rings of Akhaten), que além do plot da menina rainha e aquele coral, na verdade valeu mais por uma espécie de fábula que encontramos no início do mesmo episódio, com a Clara nos contando como foi que seus pais se conheceram no passado, tudo por uma simples coincidência envolvendo uma folha vagando no ar, que foi uma momento bem bacana para a série, do tipo que tricota sozinho um cachecol e luvas para o próprio coração.
Na sequência seguimos para um submarino soviético (será que eles reaproveitaram os cenários de Last Resort? rs), com Doctor Who trazendo a tona um plot também bastante recorrente do momento (7×09 Cold War), com a guerra fria (que andamos acompanhando lindamente em The Americans) também aparecendo na série inglesa, aproveitando para fazer aquela “mea culpa” americana que estamos encontrando com frequência no momento. Episódio esse que ainda nos trouxe um outro bom momento, com um de seus personagens arriscando uma das letras do Duran Duran. (ele que só eu acho que ficou bem interessado no Doutor? rs)
E a Season 7 só começou a ficar mais animada mesmo quando o assunto foram os fantasmas, em um plot meio “Ghostbusters”, quando o Doutor ao lado da sua nova companion encararam uma aventura atrás de um fantasma preso em um universo de bolso (7×10 Hide). Nessa hora, não teve como não lembrar da saudosa Fringe e o Walter seguindo para a sua verão do universo de bolso, com o Doutor inclusive usando as cores azul e vermelho para ilustrar o seu plano de ação. OK, tá certo que tudo pode ter sido uma grande coincidência (já mencionei algumas outras entre as duas séries por aqui, mas até então, sempre seguindo o caminho contrário, tendo qualquer uma delas primeiro aparecido em Doctor Who e depois em Fringe), mas não há como não suspeitar que talvez tudo não tenha passado de uma referência a série americana, uma vez que a BBC agora parece estar se empenhando um pouco mais nessa conquista da America antiga. Episódio esse que nos trouxe um elemento a mais, com Doctor Who se arriscando muito bem dentro de um território mais pertencente ao terror do que a própria fantasia (apesar de ter continuado fantasioso como sempre), nos entregando um Doutor correndo sem rumo em uma floresta para deixar os cabelos de qual um em pé.
Exceto por esse último episódio mais assombroso da série, essa foi realmente a parte mais morna dessa segunda metade da temporada, que a essa altura já estava precisando desesperadamente de mais animação. Que foi quando ganhamos o meu episódio dos sonhos (algumas pessoas até lembraram dos meus comentários por aqui sobre esse sonho e chegaram a me avisar sobre a sua realização. Thnks!), do qual eu já havia falado em um dos meus outros textos sobre a série desse ser um dos meus maiores sonhos dentro da mitologia de Doctor Who, que foi quando ganhamos uma deliciosa excursão por dentro da TARDIS (7×11 Journey to the Centre of the TARDIS), que foi exatamente quando a série voltou a me ganhar novamente durante essa Season 7. E é claro que eu acho que esse episódio foi feito para mim (se até Fringe fez um episódio para mim em sua reta final… #Guilt), por isso desde já agradeço Moffat pelo feito! (rs, só falta aquele convite que não chega nunca. Topo companion, novo Doutor e ou figuração. Topo até ficar bem ruivo para o 12th, daqui alguns bons anos, claro, porque quero o Matt Smith exatamente onde ele está ainda por muitos anos. #AMEM – sim, esse texto foi escrito antes de qualquer notícia, por isso resolvi deixá-lo dessa forma)
Um episódio delicioso, onde embarcamos em uma mini excursão por dentro da TARDIS, onde devido a sua grandiosidade (além de outras coisas importantes que aprendemos sobre a sua mitologia nesse episódio) não seria possível que fosse mais completo. E ter a Clara explorando aqueles inúmeros corredores foi ótimo, assim como foi bem especial vê-la encontrando o berço do Doutor (que já vimos anteriormente ele presentear a Amy como o berço oficial da sua filha, Melody Pond AKA River) até que passamos pela piscina gigantesca e chegamos até a biblioteca. Mas espera aê, não tinha uma piscina dentro da biblioteca? Sim, claro que eu reparei nesse detalhe e fiquei esperando ansiosamente por esse momento, que não aconteceu (humpf!). Procurando a respeito por aí, encontrei uma teoria de que apesar deles terem dito isso na série, dizem que na verdade a intenção foi dizer que a piscina foi parar na biblioteca apenas por conta da queda da TARDIS (sei… mas OK, pode ter sido tudo uma questão simples de interpretação mesmo), algo que eu não cheguei a imaginar na época e já tinha inclusive comprado o conceito de decoração, rs . Detalhes a parte, o importante mesmo é que durante esse episódio fomos presenteados com uma das bibliotecas mais lindas do universo, um verdadeiro sonho. Sério! Além do excelente tour pelo interior da TARDIS, o episódio também nos trouxe de volta a discussão a respeito da Clara, do porque que a própria “máquina do tempo” a rejeitava e um Doutor enfurecido, quase perdendo a paciência apenas por não conseguir desvendar o segredo da garota impossível, que mais um vez, foi a responsável pelo resgate do plot dramático da vez e talvez essa tenha sido uma das pistas a respeito da sua história.
A partir desse momento, ganhamos uma leva de excelentes episódios novamente e já era de se esperar, uma vez que até essa altura da temporada após o retorno, tudo estava bem morno mesmo. Dando continuidade a temporada, visitamos Yorkshire em 1893 e nos deparamos com a pavorosa cidade de Sweetville (7×12 The Crimson Horror), que por trás de toda a sua perfeição escondia um plot secreto de na verdade tentar descaradamente acabar com o imperfeito ao seu redor. Nesse episódio, encontramos um Doutor impossível e praticamente disfarçado de “Hellboy”, usando apenas seus trajes de baixo de inverno, vivendo como o monstrinho de estimação da herdeira do lugar. Acho que vale dizer também que o Matt Smith esteve em sua melhor forma ao longo dessa temporada (na verdade ele só vem crescendo dentro do papel, por isso seria uma pena ter que nos despedir tão cedo) e esse episódio foi um exemplo perfeito disso. Cheio de trejeitos e toda aquela loucura adorável, o 11th Doctor esteve impossível ao longo de toda essa temporada, nos conquistando cada vez mais com o seu enorme carisma e alma de criança, que é mais ou menos como eu o enxergo. Não sei porque, mas sempre achei o Doutor do Matt Smith o mais infantil de todos eles (contando os três últimos). E digo mais infantil no sentido de inocente mesmo e todos os seus trejeitos, caras e bocas, sempre reforçaram essa minha impressão. Gosto da forma como ele fica extremamente excitado de vez em quando (ele baixando a sonic screwdriver durante um desses episódios foi ótimo, rs) e ao mesmo tempo consegue ficar extremamente tímido quando o assunto são os seus sentimentos, como quando a Clara o provoca dizendo que ele parece ser do tipo que só namoraria alguém que a mãe (referindo-se a TARDIS) aprovasse. Sério, #TEMCOMONAOAMAR?
Como os vilões conhecidos sempre precisam retornar a série e pelo fato dos Daleks estarem de folga da sua eterna briga com o Doutor (por conta da Clara, inclusive), dessa vez nos deparamos com os Cybermens reaparecendo em um cenário que parecia ser um grande parque de diversões (7×13 Nightmare in Silver), para onde o Doutor acabou levando as crianças que a Clara tomava conta na Londres atual. Apesar do episódio ter sido muito bem feito, ele não chegou a empolgar muito, talvez pelo fato do episódio anterior ter terminado com o cliffhanger das crianças descobrindo a relação da Clara com o Doutor e na sequência isso sequer ter aparecido de forma mais adequada. Tudo bem que tratavam-se de crianças, que dentro de uma máquina do tempo e se deparando com todas aquelas possibilidades, a última coisa que elas iriam questionar naquele momento seria qualquer coisa em relação a isso, mas ainda assim, crianças são sempre tão curiosas e ter deixado esse detalhe passar sem uma explicação mínima pelo menos, foi meio preguiçoso vai? Enfim…
Até que chegamos ao episódio que encerraria a Season 7, ele que já nos trazia a maior mitologia da série em seu próprio título, anunciado como “The Name Of The Doctor” (7×14). Detalhe que no episódio onde conhecemos um pouco mais o interior da TARDIS, vimos que a Clara acabou descobrindo em um de seus livros qual seria o verdadeiro nome do Doutor, algo que desconfiamos que até poderia ter alguma relação com o plot da vez. Mas não, o episódio prometia nos trazer sim, o nome do Doutor, seu maior segredo desde sempre, revelado de uma outra forma e para isso, seria necessário uma visita até Trenzalore, que foi quando descobrimos que se tratava do lugar onde ele foi enterrado após a sua morte e como ele mesmo chegou a mencionar ao longo do episódio, um homem nunca deveria visitar o próprio túmulo. (glupt!)
Um episódio que apesar de contar com algumas falhas em relação principalmente a sua resolução (algumas fáceis demais, quase que muito convenientes para a história) e isso nós precisamos lembrar antes de dizer que foi tudo maravilhoso, foi mais do que um episódio de encerramento da temporada e acabou chegando como uma espécie primeiro presente para todos os fãs da série em comemoração aos 50 anos de Doctor Who de logo mais. Nele, além do título que já aguaçava a curiosidade de todos os seu fãs, havia também uma promessa que se anunciava desde o seu começo de que finalmente iriamos descobrir quem ou o que de fato era a Clara, algo que ainda ecoava na nossa imaginação, mas que até então não havia encontrado nenhuma explicação.
E já começamos o episódio com a Clara circulando entre os outros doutores (sim, os clássicos! E não me perguntem como isso foi feito porque eu me recuso a criticar os efeitos especiais nesse momento) e descobrimos que ela na verdade esteve presente na vida de cada um deles, sempre tentando despertar a sua atenção, mas que o 11th foi um dos únicos que a conseguiu ouvir. Mas como isso? Bem, para ajudar a contar essa história, contamos também com outros personagens recorrentes dessa nova fase da série, que na verdade foram aqueles que deram asilo para o Doutor durante o seu período nebuloso pós Ponds, Strax, Madame Vastra e sua amada Jenny Flint (AMO o Strax muito provavelmente confuso com a relação das duas, chamando a Jenny de menino o tempo todo, rs), que ganharam também o reforço de ninguém menos do que ela, River Song, a esposa do Doutor, que finalmente voltava para a série. (só fiquei com muita pena que ela e o Doutor nem tiveram um momento daqueles para lembrar da família antiga, humpf! Mas de qualquer forma, fomos compensados…)
Assim embarcamos até o túmulo do Doutor, que não poderia ser outro a não ser a própria TARDIS, só que em uma versão gigantesca, o maior dos monumentos daquele cemitério. Em meio a um plano do vilão da vez, o Dr Simeon (o mesmo do episódio de Natal, quando reencontramos a Clara), fomos atraídos para dentro do túmulo do próprio, com a River interagindo apenas com a Clara e os demais personagens, por se tratar daquela River da qual nós conhecemos o seu destino ainda no episódio da biblioteca, ainda com o 10th Doctor do David Tennant. Nessa hora, quando estávamos prestes a descobrir o nome do Doutor (que na verdade todo mundo já desconfiava que seria algo que não aconteceria por motivos óbvios), ganhamos aquele tal recurso fácil que eu mencionei anteriormente, com a River sussurrando o seu nome para que o túmulo pudesse se abrir e a gente não precisasse ficar sabendo o seu maior segredo (sendo que nem vimos esse momento, por isso a preguiça maior…), que a essa altura, apenas ela e a Clara dizem saber. Aliás, o encontro entre as duas personagens foi ótimo nesse episódio e acabou nos rendendo alguns diálogos deliciosos de puro ciúmes que sempre acontecem quando as mulheres do Doutor se encontram.
Em seu túmulo encontramos uma “cicatriz” em forma de DNA (e não um corpo, esqueleto ou cinzas, rs), com um luz forte que na verdade reunia toda a sua timeline, que para um Time Lord, a gente não consegue sequer imaginar a sua proporção e foi bem bonita a forma com que eles através do próprio Doutor, nos introduziram àquele conceito. Claro que eu não vou ficar aqui agora explicando todas as resoluções do episódio, mas foi no momento em que a Clara se deparou com o Doutor sofrendo com o paradoxo da sua vida diante dos seus olhos e dois corações, que descobrimos quem era a garota impossível, que para salvá-lo daquela situação, precisou se jogar na tal “cicatriz” dele através do universo (que nós sabemos que é um herói que carrega uma série de culpas, por isso a “cicatriz”), que foi a forma como ela acabou sendo dividida em diversas versões, se tornando um eco na vida do Doutor e por isso ele a encontrava em diversos momentos como presenciamos ao longo da temporada, com ela tendo sempre a missão de tentar salvá-lo de alguma coisa, algumas vezes perdendo até a própria vida.
E por esse motivo vimos Clara circulando nos cenários antigos da série, em meio aos demais Doutores, porque na verdade, ela sempre esteve ali (algo que foi bem bacana, apesar dos efeitos e de ser quase a mesma desculpa para a presença da River ainda na série. E sim, eu disse “quase”, que fique bem claro) e com o detalhe de que quando o Doutor roubou a sua TARDIS, Clara foi inclusive a responsável pela sua escolha por essa TARDIS, que viria a se tornar sua maior companheira ao longo da vida. Uma resolução super foufa e surpreendente até, apesar de qualquer semelhança com a história da River ou qualquer falha que o episódio tenha nos apresentado.
Aliás, antes da descoberta da identidade da Clara, tivemos um outro momento extremamente emocionante para a série, com o Doutor finalmente enxergando a River durante o episódio (que estava em um outro plano e não podia ser vista), dizendo que na verdade ele sempre a viu e ouviu depois dos acontecimentos todos entre eles, mas nunca teve coragem de admitir ou responder por medo do quanto poderia doer esse reencontro. Sério, apesar do beijo (é gente, teve um beijo), tenho que confessar que a essa altura do episódio eu já estava completamente entregue as lágrimas, achando tudo absolutamente foufo e carinhoso com todos os personagens. River que se despediu lembrando que ela estava “conectada” a Clara, anunciando mais um dos seus famosos “spoilers!” que na verdade não foi nada mais do que uma porta aberta que eles aproveitaram para deixar para o personagem retornar algum dia a série.
Com tudo resolvido e mantendo o mistério sobre o seu nome, restava ao Doutor a missão de resgatar Clara, que depois de ter invadido sua timeline, acabou presa dentro do fluxo temporal dele, em meio a silhuetas de todos os doutores correndo de uma lado para outro, até que o seu Doutor a encontrasse (e o recurso da folha nesse momento também não poderia ter sido mais delicado ou especial), para tirá-la de lá. Nesse momento, uma outra silhueta aparecia ao fundo, com um homem de costas, pelo qual Clara ficou interessada por não reconhecer, uma ver que descobrimos que ela conheceu todos os 11 Doutores até agora, que foi quando o Doutor apavorado e confuso, disse que aquele foi quem o traiu (?), que foi quem quebrou a promessa em relação ao nome que todos eles resolveram usar (??), completando dizendo que aquele era o seu segredo (???) e quando achamos que o episódio se encerraria por aí, o tal homem misterioso ganhou voz, dizendo que não teve escolha e aos poucos foi virando para a câmera sendo, onde nos deparamos com o ator John Hurt (antes disso eu só conseguia pensar no Leonard Nimoy ou no Ian McKellen), sendo anunciado como The Doctor. BOOM! (créditos finais)
Sério, naquele momento eu quase tive um ataque cardíaco, pesando qualquer coisa a respeito. Na verdade eu entrei em um surto semi psicótico, onde não conseguia chegar a nenhuma conclusão em relação ao plot da vez e sobre qual seria esse segredo. Que é algo que eles prometeram revelar ao final do episódio, no especial de 50 anos de Doctor Who, no dia 23/11, que a gente já sabe que é quando temos um compromisso certo no tempo e espaço, ou talvez seja o momento ideal para sumir do próprio tempo e espaço, isso para quem quiser evitar algum spoiler antes de assisti-lo, a respeito das surpresas que o mesmo deverá nos trazer. (além da presença da Billie Piper e do David Tennant, que já foram anunciados faz tempo como presenças garantidas no especial que marca o encontro entre os dois Doutores)
E da melhor forma possível (entendam que isso foi escrito antes do que vem no parágrafo abaix0), nos despedimos da Season 7 de Doctor Who, que pensando na temporada como um todo, chegou a ser bastante completa, apesar de demonstrar certa fraqueza em alguns momentos, como eu disse anteriormente me referindo principalmente aos primeiros episódios dessa segunda fase, mas que ao mesmo tempo talvez seja a temporada que mais tenha nos despertado a curiosidade, além de ter nos entregue emoções bem variadas, com a despedida dos Ponds, as novidades com a chegada da Clara, todo o mistério sobre a sua identidade e esse final de temporada que não poderia ter sido mais especial ou enigmático, elevando ao máximo as expectativas para a grande comemoração do dia 23 de novembro, com o especial de 50 anos da série.
Para o final, ficam as informações mais tristes em relação ao futuro da série (respira fundo, Essy). Essa semana, a BBC anunciou a renovação nada surpreendente de Doctor Who para a sua Season 8 em 2014, sendo que eles ainda haviam deixado em aberto as suspeitas sobre a permanência do ator Matt Smith como o nosso adorkable e queridíssimo 11th Doctor. Uma permanência que inclusive por aqui vocês chegaram a me ver comentando por diversas vezes a respeito das minhas suspeitas de que o especial de Natal de 2013 talvez pudesse ser mesmo a despedida do ator Matt Smith a frente do personagem, algo que foi confirmado quase agora (glupt), enquanto eu ainda estava editando esse post antes de sua publicação aqui no Guilt (confirmou!), com a declaração oficial de que o Matt Smith realmente deixará a série após o especial de Natal desse ano, que vai contar com a sua regeneração para 12th Doutor, que por enquanto ainda permanece em segredo em relação a sua identidade.
Uma notícia que não poderia ser mais triste para os fãs do ator e do 11th Doctor (que todo mundo sabe que é o meu Doutor e eu venho me preparando para essa momento desde o nosso primeiro encontro, lá no jardim da Amy Pond e confesso que foi bem sofrido ler a notícia nesse momento) mas que ao mesmo tempo chegou com essa declaração linda do ator, que está disponível no site oficial da série na BBC, para quem quiser conferir todas as informações com mais detalhes:
Doctor Who has been the most brilliant experience for me as an actor and a bloke, and that largely is down to the cast, crew and fans of the show. I’m incredibly grateful to all the cast and crew who work tirelessly every day, to realise all the elements of the show and deliver Doctor Who to the audience. Many of them have become good friends and I’m incredibly proud of what we have achieved over the last four years.
Having Steven Moffat as show runner write such varied, funny, mind bending and brilliant scripts has been one of the greatest and most rewarding challenges of my career. It’s been a privilege and a treat to work with Steven, he’s a good friend and will continue to shape a brilliant world for the Doctor.
The fans of Doctor Who around the world are unlike any other; they dress up, shout louder, know more about the history of the show (and speculate more about the future of the show) in a way that I’ve never seen before, your dedication is truly remarkable. Thank you so very much for supporting my incarnation of the Time Lord, number Eleven, who I might add is not done yet, I’m back for the 50th anniversary and the Christmas special!
It’s been an honour to play this part, to follow the legacy of brilliant actors, and helm the TARDIS for a spell with ‘the ginger, the nose and the impossible one’. But when ya gotta go, ya gotta go and Trenzalore calls. Thank you guys. Matt.”
E assim, agora mais tristes do que nunca, começamos oficialmente a nos preparar a grande despedida, contando com apenas mais 2 episódios na companhia do nosso 11th Doctor, com o especial de 50 anos da série e o especial de Natal desse ano (ambos episódios que mereciam um Confidential, não?), para os quais certamente eu já vou começar a estocar caixinhas e mais caixinhas de Kleeex, porque não vai ser fácil essa nova experiência de ter que me despedir do meu Doutor. (tears)
Aproveitando algo que eu li nessa mesma declaração a respeito da notícia, pedindo licença e utilizando uma line escrita sabiamente pelo próprio Moffat em seu texto sobre o assunto, eu não consigo pensar em um forma mais foufa de começar essa despedida do Matt Smith como o 11th, pelo menos por enquanto, a não ser repetindo as seguintes palavras:
Steven Moffat – Thank you Matt – bow ties were never cooler.
Realmente as bow ties nunca foram tão sensacionais e muito provavelmente serão inesquecíveis para todos nós! (tears = ♥ + ♥)
ps: para quem se animar para uma maratona de Doctor Who, se interessar mais pela série ou quiser relembrar alguma coisa, temos posts bem especiais para cada uma das demais temporadas também: Season 1, Season 2, Season 3, Season 4, Season 5 , Season 6 e a primeira parte da Season 7.
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Alguém quer dizer alguma coisa ou a gente pode só ficar olhando e imaginando o que vai ser esse encontro do David Tennant (10th) e o Matt Smith (11th) no especial de 50 anos de Doctor Who? (e a imagem acima é da leitura do roteiro do especial que começou a ser gravado essa semana)
#TEMCOMONAOAMAR e desejar ter dois corações como eles nesse exato momento para dividir e acumular tanto amor?
Não, não tem. (♥ + ♥)
ps: segundo a Clara no episódio do último sábado, o capítulo 11 é bem melhor e apesar de dividir o meu amor com o 10, tenho que confessar que o 11 também é o meu preferido.
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Confirmou e ambos estarão de volta para o especial de 50 anos da série que vai ao ar em novembro desse ano. Apesar de ainda não se saber muito sobre o mesmo, #TEMCOMONAOAMAR a notícia?
A respeito das notícias recentes de que o Matt Smith estaria pronto para dizer adeus ao seu (meu) adorável Doutor, a BBC andou desconversando, dizendo que o ator teria contrato até 2014, algo que o garantiria até a Season 8 da série, mas ao mesmo tempo, o Steven Moffat pediu para deixar em segredo o nome do último episódio dessa sétima temporada, o que de certa forma fomenta ainda mais as nossas suspeitas em relação a esse adeus, que ao que tudo indica, deveria acontecer após o especial de 50 anos, no que seria o especial de Natal desse ano….
Agora, falando a respeito da volta de Doctor Who para a segunda metade de sua Season 7, achei o novo episódio meio assim (The Bells of Saint John). Morno. A história da Clara ainda parece um mistério misterioso demais para o pouco apego que temos pelo menos por enquanto com a personagem, os efeitos foram bem meio assim (aquela meia cabeça foi ridícula), sem contar que a história em si estava com cara de requentada (só eu fiquei com a sensação de que essa parecia uma história das Season 1, 2, 3 ou 4, só que com o Doutor errado?. E quem realmente acabou salvando o episódio foi o Matt Smith, com toda a loucura e doçura do seu adorkable 11th Doctor. Para uma reintrodução da personagem da nova companion, que aparece agora em seu terceiro cenário, ficou faltando alguma coisa.
De qualquer forma, é sempre bom matar a saudade do nosso doutor preferido, mesmo quando o episódio acaba não sendo tão bom assim.
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Uma miniatura de Doctor Who que além de super foufa (AMEI os detalhes), ainda é do tipo bobble head. #TEMCOMONAOAMAR essa versão do 10Th Doctor?
Não, não tem.
Euquero!
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Anteriormente em Doctor Who…(sempre quis fazer um “previously” aqui no Guilt, rs)
Essy começava a sua incansável maratona pelas 4 primeiras temporadas de Doctor Who que ele havia deixado para depois, quando decidiu começar a assistir a série por sua Season 5 (e Season 6 até agora), onde acabou conhecendo e se encantando por Matt Smith na pele do 11th Doctor, a quem ele passou a chamar de seu Doutor, esse que capturou o seu coração e o escondeu em uma sala secreta dentro da própria TARDIS (dramático). Nesse caminho, esse jovem aspirante descarado a companion e forte concorrente em segredo público para a vaga de 12th Doctor (rs, I wish!) conhecia e se despedia do 9th Doctor e se preparava para a era David Tennant, terminando a sua review com a pergunta que não queria calar: será que Essy se apaixonaria pelo 10th Doctor?
Bobagens e devaneios a parte (rs), terminei o meu último post sobre Doctor Who com a despedida do ator Christopher Eccleston deixando o personagem para a chegada do David Tennant, o 10th Doctor. Muitos já haviam me avisado sobre os poderes de encantamento do 10º Doutor, que é quase que uma unanimidade entre os fãs da série, que adoram a herança do trabalho realizado por Tennant durante as suas três temporadas na pele do último Senhor do Tempo. Muitos dizem que ele foi o melhor Doctor desses últimos tempos (da nova safra de 2005), mas a minha opinião eu vou deixar por último, porque desde que eu assisti Sherlock (Seasons 1 e 2, que eu também mais do que recomendo!), ando AMANDO cada vez mais o velho e bom clima de total suspense. Faço isso também em homenagem ao Steven Moffat, ele que é o responsável por esses dois grandes personagens na TV do momento. (embora eu tenha deixado algumas pistas ao longo do texto)
Agora chegou a hora de falar da minha own experiência com o David Tennat na pele de um dos meus personagens preferidos de todos os tempos. Mas conforme o prometido, vou falar de cada uma das temporadas que eu ando assistindo nessa minha incansável e deliciosa maratona de Doctor Who, portanto, esse post é relacionado a Season 2, a primeira com o 10th Doctor.
E não tem como negar que a chegada do David Tennant ao universo da série só tenha acrescentado em todos os sentidos, porque o cara é realmente muito bom. Muito bom (clue). Tem uma agilidade visivelmente maior do que o Doutor anterior por exemplo, inclusive no modo de falar, que é todo especial e carregado de diversas entonações diferentes, algo notado até mesmo pela própria Rainha Vitória durante essa temporada (ela que até declarou o Doutor como inimigo da corte, rs). Sem contar o carisma, que nesse caso também é bem maior, o que faz com que mesmo em pouco tempo ao lado da nova companhia, já seja possível se acostumar com a grande mudança e começar a se simpatizar com o mesmo.
E as mudanças não param por ai não viu? Muda-se também o figurino, em uma cena sensacional com ele revelando o interior do closet da TARDIS durante o episódio de Natal que abre a temporada (2×00 The Christmas Invasion), parte que pra mim (e quem acompanha o Guilt sabe porque), foi mais do que especial. Aliás, adoraria se outros ambientes da máquina do tempo mais sensacional ever também nos fossem revelados. Com isso, saí o peso do couro preto do figurino do 9th Doctor, para a entrada de um terno de risca de giz, gravata e um sobretudo enorme e marrom. Aliás, muito marrom (que é sempre uma cor problemática pra mim, mas que eu já estou aceitando melhor). E ele ganha também óculos nessa nova versão, que ele usa em alguns momentos e que acabam deixando-o ainda mais com cara de professor de História, rs. Mas para quebrar um pouco dessa seriedade que não caberia em Doctor Who, o personagem ganha nos pés um toque especial com o seu Converse de cano alto, um sinal claro e evidente de que esse Doutor está diferente e possivelmente tem uma alma mais jovem, mais leve, apesar da sua idade avançadíssima (rs, que ele não nos ouça).
E como não amar ele completamente decepcionado por não ter se transformado finalmente em um ruivo depois da sua regeneração? Sério, #TEMCOMONAOAMAR? (viu com eu não sou único na preferência pelo ruivismo? Go gingers!)
Ao seu lado, temos mais uma vez a companhia de Rose Tyler (Billie Piper), a companion que veio como uma das poucas heranças da temporada anterior. Ela que permanece completamente apaixonada pelo Doutor, que dessa vez parece se envolver um pouco mais com a sua companion do que no passado, demonstrando em vários momentos que talvez ela esteja sendo correspondida, ou pelo menos ele vai deixando a dúvida no ar. Novamente, eu tenho que dizer que essa relação de amor em Doctor Who pouco me interessa e isso desde a temporada anterior, apesar de entender a fascinação de qualquer pessoa ao lado de uma homem como o Doutor. O problema é que eu sempre achei a Rose um tom acima, atirada demais sabe? Um tanto quanto desesperada e isso fica bem claro na forma como ela se desprende completamente do seu ex namorado (o irritante Michey Smith, que para piorar volta duplamente durante essa temporada) por mais de uma vez, para continuar viajando com o Doutor. E sinceramente, eu acho que esse não seria o tipo de mulher preferida do Doutor (ciúmes talvez? rs), que sempre me pareceu ser do tipo que se encantaria muito mais pela personalidade de alguém do que qualquer outro atributo físico ou apelativo (embora ele tenha os seus momentos). Mas vamos deixar o assunto Rose Tyler para o final, por motivos óbvios (isso para quem já assistiu a série) que vocês vão entender melhor no encerramento desse post.
Durante essa Season 2, notei também uma produção mais bem feita do que a Season 1, em diversos episódios e principalmente no começo da temporada. Como por exemplo, naquele episódio com aquela espécie de “monges ninjas” (2×02 Tooth and Claw), com uma excelente sequência de luta em sua abertura. Episódio esse que ainda contou com uma espécie de lobisomem, que foi realizado dignamente, o que nem sempre é um mérito da série quando o assunto são efeitos especiais e isso nem é uma crítica, porque eu já bem disse anteriormente que acho que dentro daquele universo fantasioso de Doctor Who, as “precariedades” da produção sempre acabam funcionando, mesmo quando poderiam ter sido cuidadas com mais carinho (ou com mais $$$ mesmo).
Ainda falando da parte técnica da série, percebi também que dessa vez eles fizeram mais questão de evidenciar o azul “TARDIS”, presente em diversos momentos ao longo da temporada nos mais diversos objetos de cena. Como no furgão utilizado pelo amigos do “Mickey” do universo paralelo, ou na própria scooter do Doutor, que aparece no episódio do dia da coroação da Rainha Elizabeth II em 1953.
Algumas curiosidades que eu notei também ao assistir essa Season 2 foi que pela primeira vez nós vimos o papel mediúnico em funcionamento, com algo realmente escrito nele (eu pelo menos não me lembro de ter visto isso acontecer antes nas demais temporadas que eu já assisti), descobrimos também que no passado, o Doutor utilizava o pseudônimo de John Smith para se identificar em alguns casos (Jonh Smith = Matt Smith = Confirmou! rs), além de alguns detalhes da cultura pop que apareceram durante essa temporada, como o Doutor dizendo AMAR o filme dos Muppets de 1979, ou a referência aos “Caça Fantasmas” durante o último episódio, além do momento musical com “The Lion Sleeps Tonight” ainda no quinto episódio. (detalhes que eu reparo por conta do meu nível avançado de DDA)
E novamente eu senti a falta de um plot maior para a história, algo que estivesse relacionado com o todo e se revelasse no final, que é mais ou menos o que tem acontecido na série atualmente, como eu disse no post sobre a Season 1. E como na primeira temporada, essa Season 2 foi marcada apenas pela repetição do nome “Torchwood” mencionado em diversos episódios e em momentos diversos, dessa vez mais evidente do que o timido “Bad Wolf” da temporada anterior, em uma tentativa de evidenciar qual seria o plot do final da temporada. Algo que comparada a atual dinâmica de Doctor Who durante a Season 5, ou a Season 6, com histórias mais cheias de camadas e totalmente envolvidas com o plot maior da temporada (ou de parte dela pelo menos), acaba deixando um pouco a desejar nesse sentido em relação a conclusão da história contada durante aquele período.
Outra diferença bem clara em relação a temporada anterior é a questão da ação na série, que dessa vez esteve muito mais presente do que a emoção por exemplo, algo que eles exploraram mais durante a Season 1, como naquele encontro da Rose com o pai que ela não chegou a conhecer, um momento quase que impossível de conseguir não se envolver e não se emocionar por exemplo (1×08 Father’s Day). A ação durante essa temporada realmente teve um destaque maior, trazendo um outro ritmo para a série também, que já havia se tornado mais ágil, até mesmo pela interpretação do próprio David Tennant, como eu mencionei anteriormente.
Por isso continuo considerando essas duas primeiras temporadas bem mais fáceis de se acompanhar, mesmo que você tenha se perdido durante o caminho ou tenha perdido algum episódio por um motivo qualquer. Algo que hoje em dia eu nem sei mais se ainda funciona como desculpa, porque opções nunca nos faltam nessas horas, não é mesmo? (Beija SOPA! Beija PIPA!)
Diretamente do passado, tivemos participações mais do que especiais de personagens conhecidos da vida real, como a Rainha Vitoria, em um dos episódios mais bem cuidados da série (que termina com uma piadinha bem boa sobre a Família Real), além de Reinette Poisson, ou Madame de Pompadour, figura conhecida dos ingleses por ter sido uma das amantes do Rei Luiz XV da França e que na série, chega até a ter um momento mais animado ao lado do Doutor, rs (que fica bem metido por isso). Como fato histórico real, dessa vez tivemos a coroação da Rainha Elizabeth, nesse caso mostrado com a chegada da TV na década de 50 para a maioria das casas de Londres, onde o fato foi mostrado com o país inteiro diante de suas TVs pela primeira vez na história, para acompanhar um dia tão importante para a cultura dos ingleses, nesse que foi um dos meus episódios preferidos da temporada (2×07 The Idiots Lantern) com a Rose e o Doutor chegando a caráter, prontos (e equivocados) para conhecer o Elvis, dirigindo a scooter azul TARDIS que eu falei no começo da review.
Falando dos meus episódios preferidos, estão o primeiro da temporada (2×01 New Earth) com a nova Terra, que é um episódio futurista e que nos trouxe de volta a participação mais do que especial de Cassandra, o último ser humano (ou o que sobrou dele, ela que tem um final lindo nesse episódio) e a Face de Boe, que nós já conhecemos anteriormente, além das sensacionais freiras felinas do lado negro da força. Gostei muito também da saudosa visita da Sarah Jane Smith (Elisabeth Sladen, que faleceu em 2011, triste mil), companion antiga do Doutor, enfrentando sem mendo a Rose, que agora ocupa um lugar que já foi seu, em um diálogo divertidíssimo, episódio esse em que ganhamos também a impagável visita do K9, uma espécie de cachorro robô, mascote do Doutor de outros tempos.
Assim como a segunda parte da chegada do Cybermen é bem boa (2×06 The Age of Steel) e que nos ajudou a desvendar um pouco da mitologia do personagem, além de trazer a tona a questão de universos paralelos em Doctor Who, onde não tem como não chegar a conclusão de que Fringe tenha usado bastante da referência sobre o assunto em relação a série inglesa, não? Inclusive esteticamente, diga-se de passagem. Além do episódio onde o Doutor fica de frente com Satã em pessoa (2×09 The Satan Pit), realizando um monólogo excelente ao lado do coisa ruim (rs), que é outro episódio sensacional da temporada e que traz o 10th Doctor vestido de “astronauta”, além de ser também o episódio onde ele quase acaba se revelando para a Rose.
A verdade é que a temporada quase que inteira é bem sensacional, inclusive os seus episódios fillers (que nós sabemos que são feitos para “preencher” a temporada), como o da menina possuída que fazia desenhos que ganhavam vida própria (2×11 Fear Her), onde tivemos um encontro com um futuro bem próximo da nossa realidade de agora, com uma prévia das Olimpíadas de Londres, que esta prestes a acontecer agora em 2012 e que nos trouxe o Doutor carregando a tocha olímpica. Howcoolisthat? Aliás, poderiam passar essa tarefa de logo mais para o Matt Smith, hein? Fica a sugestão. E outro episódio bem bacana e importante de ser destacado foi aquele que é tipo um documentário (2×10 Love & Monsters) feito por pessoas que observavam as aparições do Doutor no presente (algo que eu sempre fiquei me perguntando: e as demais pessoas do universo, como lidam com tudo isso? rs) e mostra um grupo de estudos sobre o misterioso Doutor, o LINDA (ou L.I.N.D.A), que é bem divertido e o mais curioso é que o episódio conta com uma mínima participação do próprio Doutor e sua companion.
Mas toda a emoção que eu disse que quase não apareceu durante a temporada, talvez tenha sido guardada como estratégia para o season finale, que já anunciava desde seu início ser o dia da morte de Rose Tyler (2×12 Army of Ghosts e o 2×13 Doomsday). Dra-ma! E esse era outro dos grandes momentos que estava sendo aguardado por mim, o de vivenciar o que seria a despedida de uma companion, algo que na série atual ainda não aconteceu propriamente com a Amy Pond, por exemplo (apesar de já sabermos que ela não será mais a companion do 11th Doctor. Glupt – ♥). Assim como aconteceu na Season 1 com a regeneração d 9th Doutor (minha primeira vez nesse assunto), essa acabou sendo a minha primeira experiência marcando a despedida de uma das fiéis companheiras do Doutor e já começo dizendo que foi bem emocionante, mesmo com a minha relação meio assim com Miss Rose Tyler.
E o episódio não poderia ter sido mais emocional, reunindo vilões como milhares de Cybermens e Daleks por todos os cantos, aliados a um exército fantasma (que ao final se revela não tão fantasma assim), também com direito a fendas e portais entre o universo paralelo que já havia nos sido apresentados anteriormente durante a temporada, além de finalmente ganharmos a introdução clara e objetiva de Torchwood, que já havia sido mencionada por diversas vezes durante essa temporada (e que é o nome do spin-off de Doctor Who), mas que somente nesse episódio final passamos a conhecer um pouco mais de sua mitologia, que diga-se de passagem, ainda não ficou exatamente muito clara. E é nessa hora que nós nos damos contas de que as menções anteriores a Torchwood não foram em vão e faziam parte desse “plot maior” para o final da temporada, assim como aconteceu anteriormente com “Bad Wolf”.
Obviamente que o episódio que marcaria a despedida da Rose tinha que ser especial afinal, foram duas temporadas com a sua participação e dois Doutores diferentes ao seu lado. Rose teve que se adaptar ao novo Doutor e de certa forma, reconstruir a sua história com aquele homem, que poderia até ser o mesmo, mas que fisicamente em nada se parecia com o que ela havia conhecido a princípio. Quase que como se ela tivesse que se apaixonar novamente pelo mesmo homem, algo que foi construído até que muito bem durante toda essa Season 2.
Uma relação que como eu disse, eles construíram direitinho até, sem ignorar o fato da estranheza a princípio, embora eu continue achando esse climão de romance no ar como algo totalmente desnecessário. E diga-se de passagem, os dois funcionaram muito bem como dupla (o que também aconteceu na temporada anterior, mas dessa vez, talvez tenha funcionado um pouco mais até), com uma série de piadinhas internas e uma intimidade que eles demonstraram que só fez aumentar ao longo da temporada. Well done!
Mas havia chegado a hora de Rose Tyler se despedir e nunca mais poder ter contato com o Doutor, algo bastante cruel até com a personagem (mas entendo que seja um caminho escolhido para a série não ter virado uma bagunça) para finalizar a sua história como companion do último Senhor do Tempo. De certa forma, a sua despedida foi compensada pela reunião da sua família em um universo paralelo, tendo a chance de viver juntos pela primeira vez, pai, mãe e filhas, em um tentativa de que a personagem fosse compensada de alguma forma por sua saída da série. Ou seja, um final parcialmente feliz.
A cena em que ela está prestes a ser sugada pelo vazio nos momentos finais do episódio, com o Doutor entrando em desespero, onde ela acaba sendo salva pelo seu pai do universo paralelo, isso nos minutos finais, com direito a um rápido “último” olhar para o Doutor, no susto, como se ele estivesse sendo arrancado dela a força, foi um momento realmente de cortar qualquer coração, mesmo para aqueles sem sentimentos e que fazem o tipo Cybermen, rs. Apesar desse momento épico, ainda tivemos mais alguns minutos para a então despedida dos personagens, minutos merecidos e necessários, diga-se de passagem, em uma cena que foi bem bonita, recheada de emoção, com o Doutor quase entregando o seu verdadeiro sentimento por ela nos segundos finais daquela curta última conversa entre o 10th Doctor e a sua companion, até que ele sumisse para nunca mais voltar (Glupt). Momento com direito até a uma lágrima do Doutor, que nós já aprendemos que toda vez que o Doutor chora, é porque ele realmente conseguiu sentir algo de verdade, o que o deixa mais próximo dos humanos. Um final realmente emocionante, digno de despedida para uma companion, elas que também tem um papel importantíssimo dentro da série. Clap Clap Clap!
Pois bem, chegamos ao final da minha review e eu ainda não respondi se eu me apaixonei ou não pelo 10th Doctor do David Tennant, questão que eu deixei no ar no final do post sobre a Season 1. Então, chegou a hora da verdade…
Tennant realmente fez um ótimo trabalho com o seu 10th Doctor, com todos os seus trejeitos, a sua própria loucura (característica que eu AMO no personagem), até mesmo com a sua forma toda especial de dar voz ao personagem. Com eu já disse antes, interpretar o Doutor, um personagem tão querido por várias décadas, não deve ser uma tarefa fácil, ao mesmo tempo que o próprio personagem já é grandioso por si só, o que faz com que fique praticamente impossível que alguém consiga realizar um péssimo trabalho na pele de alguém tão adorável, por exemplo (se bem que, atores medíocres é o que não falta, não é mesmo?). Ele realmente conseguiu realizar um trabalho super bacana, trazendo um frescor para o personagem, uma força com uma linguagem mais jovem mesmo, tornando impossível de não se apegar com toda a sua doçura e o humor emprestados ao seu 10th Doctor. Mas, (sempre tem uma mas…), só acho ele um pouquinho caricata demais em alguns momentos, parecendo muitas vezes quase que como um personagem de cartoon sabe? Que acabou sendo um pouco quase que demais para o meu gosto, isso para se tornar o meu own doctor por exemplo (esse detalhe é preciso entender, rs). Sejamos justos e vamos reconhecer que o Matt Smith também tem um pouco dessa característica, mas nele eu acho mais na medida, mais equilibrada talvez.
E que fique bem claro que eu disse “quase que demais”, o que não chega a ser de todo (e nem muito) negativo e apesar de qualquer crítica que eu tenha feito, acho o seu trabalho bem bom dando vida a esse personagem que nós amamos. Sendo assim, tenho que declarar também para o fim do mistério, que eu continuo sendo Team Matt Smitth (Sorry Team Tennant), que continua sendo o meu Doutor preferido ever.
Por enquanto, o placar é o seguinte: Smith, 10+ vs Tennant, 9,25
Mas vamos com calma, a nossa relação está apenas começando e ainda tenho toda as seasons 3 e 4 pela frente para mudar toda e qualquer impressão sobre o 10th Doutor.
Allons-y!
To be continued…(vou tentar não demorar tanto de uma temporada para outra, ok?)
ps: sempre acho meio assim imagens com marca d’água, mas é o que temos para hoje (e os créditos estão dados)