Surpresa boa esse “Friends With Benefits”, hein?
Elenco bom, cheio de participações especiais de nomes bem queridos e um texto ótimo, algo não muito comum em comédias românticas de h0je e quase sempre. Me encontrei realmente surpreso ao longo do filme por sua sinceridade e todas as suas cretinices reunidas nessa fórmula tão batida do cinema atual.
A começar pela piadinha sobre a então namorada do Justin (em formato de uma participação afetiva da Emma Stone) ser super fã do John Mayer e que se encontrava inconformada por ter perdido “Your Body Is A Wonderland” no começo do show do seu ídolo, quando ela acabou ficando do lado de fora esperando pelo namorado. Sério, #TEMCOMONAOAMAR?
Aliás, com esse detalhe somado as recentes declarações do cantor, que se disse profundamente magoado com uma música não muito simpática que a Taylor Swift teria feito para ele (vindo dela eu só consigo pensar, será que a cantora o chamou de bobo & feio? DRA-MA), eu passei a entender bem mais dessa fase obscura daquele que já foi uma bela espécie de boy magia em um passado recente, antes de se revelar ser na verdade mais um boy magia negra e tudo isso antes também de perder completamente a sua porção de magia, é claro.
Mas voltando ao que interessa, o filme é realmente muito bom e eu acabei achando bem boa a parceria Kunis + Timberlake. Nunca achei o JT um atorzão, mas também não acho que ele faz feio e “Alphadog” está ai para comprovar que o moço tem sim algum jeito para a coisa. Só sinto uma pena por ele não ter escolhido conciliar a sua carreira como ator com a sua parte cantor, que nesse caso é inegável que seja bem melhor. Queremos o seu sexy de volta, JT! (larga a mão de ser preguiçoso e faça as duas coias, poxa!)
Já a Mila Kunis, essa me conquistou mesmo em “Black Swan” e antes disso eu não lembro muito de ter visto a sua cara (nunca fui muito fã de That ’70s Show, sorry). Mas a sua voz… acreditem ou não, eu só fui descobrir que ela já era uma velha conhecida minha recentemente, quando ganhei a caixa com as temporadas de Family Guy e acabei descobrindo nos extras de que por esse tempo todo, ela vem sendo a Meg Griffin, a filha mais odiada de Peter Griffin nesse que é um dos melhores cartoons de todos os tempos (eu AMO) e confesso que esse detalhe triplicou o meu respeito por ela. #R.E.S.P.E.C.T
Além disso eu realmente acho ela uma boa atriz, do tipo que não me parece muito óbvia e acho ótimo que esse papel em “Friends With Benefits” tenha caído exatamente em suas mãos. Uma personagem realmente especial, com um discurso ótimo em relação a liberdade, mantendo o sonho de se casar e ter filhos com um cara bacana sim, sem ter que abrir mão do seu outro lado mais “livre”, digamos assim. Uma profissional de sucesso, de olho na sua carreira, um tanto quanto magoada quando o assunto são homens, mas que nem por isso desistiu de procurar o seu parceiro ideal, aceitando outras alternativas como resoluções momentâneas para necessidades que a gente bem sabe que todo mundo tem. Alguns menos, outros mais, mas o desejo está ali, presente em todo mundo.
O mesmo vale para o personagem do Timberlake, que tinha aquela dose de foufurice na medida certa, que é a de dois tons antes de transformar alguém com potencial para adoravél em apenas mais um bocó qualquer. Papel que lhe coube perfeitamente e se tivesse sido divulgado que o filme que teria tantas cenas onde suas partes ficariam a mostra, certamente muitas pessoas (seta em neon apontando diretamente para alguém nesse exato momento) teriam prestado mais atenção no filme quando ele foi lançado. Sejamos sinceros vai? E quem não? Aliás, está tudo bem em dia JT. Höy! (Parabéns Jessica Biel… faça por merecer!)
E o que eu mais gostei mesmo no filme foi a escolha da honestidade para a relação que os dois acabaram criando desde o princípio, quando resolveram ser apenas amigos que se resolviam quando necessário. O que na minha visão, deveria acontecer para todo mundo. Não a questão do amigo delivery (que também pode ser bem importante na calada da noite preta), mas sim na questão em não perder tempo tentando ser alguém que vc não é apenas para tentar garantir mais uma tentativa de relacionamento, que são sempre exaustivas e que quando já começam com essa grande carga de omissão, já estão praticamente fadadas ao fracasso.
O que é sempre uma mentira desnecessária e cedo ou tarde vc acaba se deparando com a verdade, que pode vir em formato de transar com meias nos pés ou plots bem piores, dependendo de por onde você anda circulando esse corpinho.
Uma postura que bem antes de assitir ao filme (muito antes na verdade) eu já havia adotado para a minha vida, onde não aceito mais perder tempo com regras bobas que não nos levam a lugar algum e pior, nos distanciam totalmente da realidade e que quando o momento inevitável de aceitar o que é verdade acaba de fato chegando, o tombo costuma ser muito mais doloroso sempre. Por isso que ultimamente prefiro deixar as minhas falhas a mostra para quem pretende se aventurar nessas terras aqui. As falhas que se encontram no meio dos níveis de leve para meio leves pelo menos, pq eu também não sou nenhum idiota e não quero assustar ninguém. E cá estou eu me expondo novamente e completamente sem necessidade alguma. (como seu o Guilt inteiro e por si só já não fosse uma grande exposição, com páginas e mais páginas das minhas impressões pessoais sobre diversas coisas, rs)
Por isso aconselho “Friends With Benefits” para todos que quiserem pensar de forma mais leve numa noite fria dessas qualquer, onde apesar de ser mais uma comédia romântica e com alguns clichês típicos do gênero, o filme conseguiu se manter bem digno, onde é possível se divertir até, em diversos momentois. E tem o Justin mostrando coisas e cantando (além de participações rápidas do Andy Samberg e do Bryan Greenberg = Höy!) , porque afinal, nem só de opiniões fortes, alguma inteligência e muita personalidade sobrevive o homem. De vez em quando, queremos mesmo é o óbvio para atender as nossas necessidades momentâneas, seja pela praticidade ou pela rapidez, rs.
ps: amei o final do filme com ela achando que a carruagem estacionada na frente da estação seria para ela e recebendo um fora daqueles, ganhando apenas uma caminhada a pé até o café da esquina. Euri e achei tão real eles mostrarem que no fundo, apesar do discurso, a gente sempre espera algo mais, rs
ps2: escrevi faz tempo sobre o filme, mas só encontrei o post perdido agora. #MyBad
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