
Lúdico e dramático. Fiquei bem cagado ontém depois de ter assistido o belíssimo filme “Precious” dirigido por Lee Daniels e confesso que chorei e chorei muito. Que história boa hein? Se eu fosse vc não perderia, mas deixaria para assistir em um dia que vc esteja bem disposto a se emocionar pencas.
O filme tem um linguagem bem direta, violento, mesmo nos poupando com uma total escuridão nos momentos mais dramáticos. Os diálogos são diretos, sem muitas voltas e carregado nas gírias típicas do Harlem. Me incomodei um pouco com o filme, achei que as cenas poderiam ter sido um pouco melhros cuidadas, não sei…alguma coisa me deixou meio assim. Acho que impliquei com a direção de arte nesse caso.

A história é dramática, os abusos, humilhações que a personagem principal recebe ao longo do filme são de cortar o coração e em alguns momentos eu fiquei até sem ar com a franqueza nos diágos, que são muito honestos. Precious (Gabourey Sidibe) é uma garota obesa de apenas 17 anos, que é violentada constantemente pelo seu pai e mãe. Dessa relação de abuso sexual com o seu pai ela tem 1 filha portadora de Down e esta grávida do seu segundo filho com o seu pai. A mãe sabe de tudo, muitas vezes ela presencia os abusos sem dizer nada e tmbm abusa da menina que mesmo ciente de que o que eles fazem esta errado, acaba se “deixando” ser explorada, provavelmente por estar completamente traumatizada a essa altura do campeonato.

Sua mãe (Mo’Nique) usa da força física para atacar a garota, além de insultos e provocações o tempo todo, colocando Precious para baixo o tempo todo, provavelmente para que ela acredite que realmente não é capaz de se virar sozinha e asism permaneça nesse ambiente nojento. Essa mãe que depois descobrimos que sempre soube e permitiu os abusos sexuais por parte do pai com sua filha desde os 3 anos de idade (que horror!), ainda culpa a filha por seu marido sentir mais desejo por Precious do que por ela mesmo, ou seja, um nojo. Uma mulher completamente perturbada e violenta que convence tanto no papel que eu acho muito provável que ela leve o Oscar para casa, pq sua atuação é tão verdadeira que eu cheguei a odiar a sua personagem. E continuo odiando na verdade. Coisa de atrizona! Clap Clap Clap!

Fico pensando, como pode exisitir uma história de tamanha violência e covardia como essas neam? Ainda mais tratando-se de um núcleo familiar, que deveria ser muito diferente do que nos foi mostrado na história de Prescious. Talvez eu tenha tido sorte de vir de uma família sem grandes problemas e talvez por isso fique difícil de imaginar um cenário tão absurdo e nojento como esse. Abusos como esse, nesse nível é um absurdo sem tamanho e o filme provoca uma certa inquietação em vc, ao abordar esse tema, fatão!

Lenny Kravitz e Mariah Carey fazem participações, eu diria que quase que afetivas no filme e se saem muito bem. E o longa ainda contou com a produção da Oprah que bancou os custos do longa apostando em seu sucesso. E como tudo que a Oprah toca vira ouro, não preciso nem dizer o resto neam? Trilha báfu que emociona. O figurino é simples, mas Precious mesmo estando acima do peso mostra que tem estilo, sem muitos recursos e mesmo usando peças inapropriadas para o seu tamanho. Gostei mesmo do figurinos das amigas de classe de Prescious, em especial ao da personagem Joann, que além de ser muito divertida, usa as roupas mais descoladas da turma, em um figurino super possível para os dias de hoje.
O que eu gostei muito em Prescious foi a coragem da personagem e a sua vontade de ser diferente, de ter uma vida melhor por ela mesmo. E assim ao longo do filme ela vai se descobrindo, aprendendo a escrever a sua história de uma forma diferente. Mesmo com tantos dramas que ela enfrentou durante a sua vida ela não perdeu a vontade de sonhar e esse sonhos são apresentados de forma lúdica durante o filme, para quebrar um pouco do peso da história.

E com o apoio de sua professora, que ela vem a descobrir depois que é gay assumida, Prescious ganha a força que precisava para dar o primeiro passo para a sua nova vida. Curiosamente ela acaba descobrindo essa força com o nascimento do seu segundo filho, que ela acredita que deve cria-lo e em breve recuperar a sua primeira filha para que possam viver como uma família de verdade.

No final das contas eu fiquei bem emocionado com a história e só de pensar que existem muitas pessoas que passaram por situações de vida parecidas por ai, eu acabei ficando bem emocinado com a história e o que pra mim, acabou justificando bem o final do filme, com a dedicatória escrita em tipografia handmade: for precious girls everywhere. (tears)
ps: eu bem que gostaria de ver a Gabourey Sidibe (Precious) ou a Carey Mulligan (An Education) tombando com a Sandra Bullock (The Blind Side)
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