Então, finalmente em assisti “Super 8”. Não posso negar que eu me diverti, em diversos momentos. É, não posso.
Fiquei confuso também um pouco com a trama, mas terminei o filme sentindo aquela sensação horrível de uma dúvida cruel. Afinal, eu gostei ou não gostei de “Super 8”?
Gostei, achei as performances das crianças excelentes e fiquei apaixonado pelo cineasta gordinho da turma, além do menino principal. E fiquei bem surpreso em como eles conseguiram deixar com cara de mais novo o filho da personagem da Cathy de The Big C, hein? Na série pelo menos, ele parece mais velho…
Mas toda a trama envolvendo o pai policial por exemplo (interpretado pelo Kyle Chandler, o Coach Taylor de FNL), eu achei meio distante, mesmo estando relacionada com a história de alguns dos demais personagens. O drama eu achei super aceitável, o problema mesmo foi a tentativa furada de ser herói dele, que eu acho que não funcionou e isso literalmente, porque apesar de aparecer como Rambo em um determinado momento do filme, ele não colaborou muito para a resolução do issue. É, não colaborou…
Assim como eu acho que a parte toda do Sci-Fi deixou alguma coisa importante pendente, não sei. Fiquei com a sensação de que faltou tempo para contar um pouco mais sobre aquela criatura protegida pelo exército americano. Tudo bem que todo Sci-Fi, quanto mais explicado, mais eles se complicam e menos a gente acaba gostando, mas fiquei com essa sensação de ter algo faltando naquela história…
Mas é um filme bacana, cheio de referências dos filmes antigos do próprio Spielberg, que foi o produtor executivo do longa. E essas referências foram todas homenagens do J.J. Abrams, o diretor de “Super 8”, que provavelmente assim como nós, deve ser um grande fã dos trabalhos do Spielberg antigo.
Só que fica cada vez mais difícil fazer um filme nos moldes antigos nos dias de hoje. Isso porque eu sinto que hoje, como temos muito mais informação sobre tudo, temos mais perguntas também e para convencer uma pessoa normal sobre um fato qualquer, é preciso de um pouco mais do que 1h58 de diversão e imagens bacanas. E nessa hora eu senti falta de um roteiro bacana, por exemplo.
No final das contas, eu cheguei a conclusão que eu gostei do filme, mas não amei. Vale pela diversão, pelas referências todas a clássicos da Sessão da Tarde, mas ficou devendo no quesito Sci-Fi e profundidade da história, por isso não consegui me apaixonar por “Super 8”. Humpf…
Nem com a Elle Fanning (que esta ótima como sempre no elenco) dirigindo um carro amarelo fundamento que eu invejei mil e nem com ela encarnando um zombie como ninguém, rs.
Por isso a minha nota final para o filme é 6,5. Quase passou direto, por ter recorrido ao fundamento antigo, ter usado boas referências. Mas ficou devendo esse meio ponto e por isso vai ficar de recuperação, só para aprender uma lição. (odiava quando os professores usavam essa desculpa na escola, rs)